sexta-feira, 11 de julho de 2025

Agressividade

 

AGENDE SUA CONSULTA PELO SITE OU PELO WHATSAPP

A pessoa faz um esforço máximo em torno de uma diferença mínima para proteger sua identidade. Embora muitos traços comportamentais, sociais, situacionais ou regionais sejam idênticos — e criem uma identificação quase imediata com outras pessoas do mesmo meio —, é justamente sobre essa pequena diferença que o sujeito concentra todo seu esforço para se diferenciar do outro.

Pode ser o sotaque, a cor da pele, a roupa, ou até mesmo o time para o qual se torce — aquilo que deveria ser detalhe vira foco das defesas do eu. É como se, ao não suportar o grau de semelhança, o sujeito precisasse encontrar um ponto para dizer: “eu não sou o outro”.

Esse movimento de defesa, embora muitas vezes inconsciente, pode marcar o início da rivalidade. A agressividade não nasce necessariamente da diferença radical, mas justamente da proximidade excessiva — do outro que se parece demais, que ameaça apagar os limites do eu.

É aí que a pequena diferença se transforma em trincheira simbólica. E o que poderia ser vínculo se torna disputa. O narcisismo das pequenas diferenças mostra que, paradoxalmente, o conflito mais violento pode nascer entre aqueles que, no fundo, são quase iguais.


Eu sou o Psi Renato Rocha, especialista clínico com experiência de quase uma década, atendendo casos de ansiedade, depressão, baixa autoestima, fobias, transtornos de personalidade. Atendo na na Avenida Paulista em São Paulo. Agende Agora Mesmo Sua Consulta Inicial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário